Guia dos Mangás Finalizados em 2012 [Parte 3/3]

Continuando, última parte...


Tóf! Chega o fim da segunda parte do todo poderoso mangá de luta do doidão do Saruwatari Tetsuya, com 39 volumes e sendo publicado desde 2003. Não é um mangá pra todos, é bem peculiar, porque né, é o autor de Riki-Oh. Mas eu diria que é um bom mangá de esportes. Mas é, o mangá é basicamente de MMA, esportes, e na primeira parte, a meta do protagonista era se tornar o próximo Bruce Lee, ou melhor, ser mais forte que ele.




Esse mangá maldito. Muitos dizem que ele só surgiu por causa de Bakuman., e não duvido muito, o fato é que ele já acabou, felizmente. É um dos mangás que mais odeio, e olha que é bem difícil eu odiar um mangá. Geralmente é só um hate por zuação, mas esse não. Um survival game que não é ruim, muito ao contrário disso, porém, ele é sádico. Muito mais sádico do que qualquer outro, mexe muito com você, dá muita raiva. Acho que isso é um ponto positivo, já que ele é o mais perturbador de todos os survival horrors e sim, ele permite que você o odeie, ele quer que você o odeie. Quando eu digo que dá muita raiva, dá muita raiva MESMO. Você sofre lendo o mangá. Odeio ele do fundo do meu coração.




Mais um shoujo acabando, 18 volumes, um bom número para o gênero. Sinceramente, eu achei o mangá bem clichêzinho e sem graça, é um shoujo padrão então nem preciso dizer a história aqui, faltou um pouco de personalidade. Mas temos que respeitar, até que vendeu bem e aguentou aí 18 volumes, sendo um dos trunfos de sua revista.




E eis que chega ao fim o grande josei de casamento da Petit, Hapi Mari. Sim, é josei, então seu público alvo é um pouco maior, apesar disso, posso dizer que gostei bastante do mangá, até mais que o aclamado Kimi Wa Pet e com certeza marcou as fãs do gênero. É igual uma dessas comédias românticas de holywood, com um riquinho esnobe praticamente comprando a heroína, mas mostra que é diferente e é bem interessante. 




Vida de Shinobi! Lembro de ter lido esse mangá há um bom tempo, e agora está finalmente acabando... esse é um shoujo bem peculiar, pois envolve viagem no tempo, ninjas e tudo mais. Curti bastante, por ser alternativo e tudo mais. Não sei porque mas me lembrou um pouco JIN, provavelmente por causa da viagem no tempo até o japão feudal. Mas lembrando, não tem nada a ver a história de ambos, um é um seinen de medicina e outro é um shoujo, romântico. 




Duas obras primas sobre montanhismo acabando quase no mesmo ano. Gaku e Kokou no Hito (2011). No meu humilde gosto, prefiro GAKU, mas isso é bem pessoal. Gaku consegue ser mais emocionante que Koukou de uma forma bem mais simples, não precisa de páginas duplas questionando o sentido da vida, não que isso seja ruim. Gaku é muito menos egoísta, é mais sobre a vida, a preciosidade dela. Uma verdadeira poesia, que tem um traço característico que combina muito, mesmo sendo simples, e dá um toque especial a história. É um traço aconchegante.

Lembrando que GAKU ganhou vários prêmios no Japão, além de um live-action sensacional com ninguém menos que o Oguri Shun protagonizando. A história é sobre Sanpo, um cara que ama as montanhas e sempre está ajudando as equipes de patrulha a resgatar acidentes lá em cima, onde nem deus chega. Sanpo é um dos personagens mais carismáticos que existem, ele é o tipo de personagem inocente, claro, não é forçado igual a um Luffy ou Gon da vida, e mais importante, ele é caridoso, ama viver as montanhas, mesmo já tendo perdido vários amigos queridos lá. Ainda deve pintar um review sobre ele aqui no blog.




Kaiji Kawaguchi. Acho que eu não preciso dizer mais. Mas como tenho que preencher um pouco o espaço, vamos lá! Mais um mangá sensacional do mestre Kawaguchi chegando ao seu término, dessa vez falando sobre música! E como sempre, mexendo com o tempo. E se você pudesse voltar no tempo e cantar os sucessos dos Beatles antes deles mesmo? É basicamente a premissa do mangá, que segue uma banda cover dos Beatle, The Fab 4, que acaba voltando no tempo e parando na época onde o Japão não sabia nada sobre Rock. Um tributo aos Beatles. Ou será que não?

Só posso dizer que estava sentindo muita falta de um mangá músical de verdade, afinal, ninguém merece coisas como K-On!... e ele veio pra acabar com a saudade! Sim, tenho que comparar com BECK e dizer que está num nível parecido, lembrando que BokuBeatles tem um foco bem mais complexo e envolve temas mais difíceis de se lidar, mas o roteirista, que dessa vez não é o Kawaguchi, consegue se sair bem.




Ikigami. O último limite foi passado e o último arco terminou. Seinen aclamado em várias partes do mundo, conta a história de Ikigami, que acaba virando cobaia de vários experimentos em troca de money, afinal, a vida não tá fácil para ninguém. Há quem compare o mangá com Homunculus, mas são coisas bem diferentes, apesar de ambos serem ótimos seinens. Uma história adulta de verdade, com problemas adultos e tudo mais.




A história da Frankenstein mais atrapalhada do mundo chega ao fim! Franken Fran, um mangá com um climão de terror e com uma fanbase ocidental bem interessante, afinal, muitos acompanharam sua publicação do começo ao fim. Sátira, ou não, do Frankenstein, acho bem interessante e não tenho muito comentários a tecer sobre. Recomendo que leiam esse post.




O remake do mangá de comédia dos anos 70 ganhou um tom bem mais sério e adulto, e foi muito bom. Afinal, são os criadores de Akumetsu que fizeram, então a qualidade já estava garantida. Como sempre, eles fazendo histórias bem poéticas com várias críticas da sociedade.  A história do lobisomem que teve que se adaptar a sociedade atual, indo para a escola e tudo mais, rendeu várias páginas filosóficas e bonitas, além de muito sangue e fanservice, sem medo algum de se expressar, foi bem sincero desde o começo e evoluiu bastante, eu diria, já que até o 5 volume raramente se vê alguma crítica importante nele. 12 volumes, curto e bom, fechado. Um reboot no estilo do feito por Naoki Urasawa com Pluto.




Um mangá da Bessatsu Shonen Magazine terminando. E muito bom, diga-se de passagem, como a maioria dos mangás publicados lá. A história é bem peculiar e genial, afinal, não é todo dia que se vê um mangá onde uma demôniozinha e shinigami se juntam pra fazer uma escola de luta para monstros. Como todos os mangás da revista, uma história bem alternativa e boa. Pra quem não conhece, a Bessatsu Shonen Magazine, na minha humilde opinião, é a melhor revista do Japão, publicando títulos como Shingeki no Kyojin, Aku no Hana e principalmente Doubutsu no Kuni.





Hanza Sky! Um dos melhores mangás da Champion dos últimos anos, ao lado de Sugarless chegou ao fim. Como a maioria dos mangás de lá: é de delinquentes. Ou quase isso. Hanza Sky usa aquela velha fórmula delinquentes + esportes, já usada por muitos, como o Inoue em Slam Dunk e o Morita em Rokudenashi BLUES, porém, não é repetitiva e cansativa, conseguiu ser legal. O mangá segue um delinquente que quer largar a vida das brigas e entrar no mundo amoroso mas acaba só se dando mal, até que finalmente acha um amor, mas ironicamente, no mundo das brigas, mas não das brigas de rua e sim das lutas, no Karatê.

Eu gostei muito do mangá, principalmente por lembrar muito o feeling de Shonan Junai Gumi, é muito engraçado e tem delinquentes, um dos meus gêneros favoritos de mangá. Mas pra mim, ele terminou muito rápido. Poxa, só 13 volumes? E era um dos mangás mais conhecidos fora do Japão da Champion. Mas tudo bem, esses 13 volumes valem a pena, e ele é um ótimo shonen pastelão ao meu estilo dos anos 90.




E para terminar: o amor atrapalhado. Hetakoi, a comédia sexual da Young Jump chegou ao fim nesse ano, diria que o mangá é bem engraçado e é um prato cheio para as pessoas que gostam de... bom, continuando.  O mangá chega ao fim no mesmo ano de sua autora. Sim, Junko Nakano, ela faleceu no dia 28 de Julho por causa de uma doença no coração, segundo nota oficial de Shueisha, e tinha só 45 anos. Uma lástima, mas felizmente deixou mangás bem legais que devem representar bem sua memória.


Agradecimentos especiais ao @eduketsura_, @Rubiopaloosa e ao @LucasShonen por ajudarem na lista.