Guia dos Mangás Finalizados em 2012 [Parte 1/3]

Basicamente, essa vai ser uma lista dos mangás que terminaram/terminarão em 2012, lembrando que são só os mais relevantes, já que são muitos.


Bom, o que dizer sobre Bakuman.? Sem dúvida um dos mangás mais importantes que já passaram pelas páginas da Shonen Jump, simplesmente por falar de mangás. Nele, temos dois jovens que almejam o cargo de mangaká na revista mais famosa de mangás do Japão, e graças a isso, temos muito conteúdo sobre o gênero, como fazer mangás, como fazer as narrativas, gêneros e tudo mais, um verdadeiro guia, mas claro, romantizado.

Bakuman. é dos mesmo criadores do aclamado Death Note, começou no ano de 2008, junto com o todo poderoso Toriko e acabou há pouco tempo, com 20 volumes, e sucesso estrondoso, com um anime de três temporadas e publicação em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Sem dúvida alguma é um mangá muito importante, porém, como a maioria dos shonens, ele se perde. Tem muitos baixos, porém, mesmo assim, vale muito a pena a leitura.


Mais um mangá grande da Jump que deixou as páginas da revista! Estamos falando de Katekyoushi Hitman Reborn!, mais conhecido somente como Reborn!, mangá de autoria de Akira Amano, se encerrando. Sim, finalmente, 42 volumes depois, o mangá sobre o garotinho japonês que começa a ser treinado por um bebê pra ser o próximo chefe da grande família mafiosa Vongola chega ao seu fecho.


Sim, 42 volumes, o grande número cabalístico da Jump, de mangás como Dragon Ball e Rokudenashi BLUES. Pena Reborn! não ser tão bom quanto os já citados. O mangá é uma bagunça total, começa como um simples Gag-Manga e depois vira um Battle Shonen com muita putaria e porrada. Vou confessar que até gostava do mangá no início, mas como o foco mudou totalmente... ficou meio difícil. Reborn! ganhou um anime de 203 episódios que acabou no ano de 2010, pelo estúdio Artland.




Haruto Umezawa! Mais uma obra-prima do mestre Umezawa acabou nesse ano, dessa vez seu mangá sobre carros, Countach, com 28 volumes. Um mangá que pouca gente liga/conhece, infelizmente. Ele conta a história de um salaryman perdedor que vê a oportunidade de realizar um sonho dos tempos de criança: ter um Lamborghini Countach e sair zoando com ele por aí. Os traços do Umezawa estão muito bons e a história é muito empolgante, dessa vez sendo publicado numa revista seinen, dando mais liberdade ao mestre, coisa que ele sofreu em Bremen.


O mangá acaba com um bom número de volumes e parece ter uma boa história fechadinha, como Hareluya II BOY, porém, é muito desconhecido. Infelizmente, como o Morita (Rokudenashi BLUES), ele não conseguiu mais tanto sucesso depois dos anos 90... uma pena. Leiam Countach, malditos!


Eis que a franquia Bloody Monday finalmente termina, depois de 23 volumes publicados em três partes, sendo essa última os 4 volumes finais. É mais Bloody Monday, é mais Taka hackeando, só que diferentemente das outras partes, ele não está do lado do governo defendendo seu país de ameaças mortais, dessa vez ele é o vilão. Sim, e é por isso que a Last Season é a melhor parte de todas. Mais intrigas, mais carisma e um clima bem mais tenso, noir e por incrível que pareça, até menos fanservice. Uma parte rápida pra fechar a série com tudo.


Ah Ken Akamatsu... a história de Negi Springfiel, um garoto mago que vira um professor numa escola só para garotas chega ao fim nas páginas da Shonen Magazine, finalizando com 38 volumes. Muitos dizem que a razão desse fim foi um desentendimento do autor com a editora, Kodansha, já que o Akamatsu é bem conhecido na internet por querer colocar seus projetos de graça nela, com iniciativas como o j-comi.


Só posso dizer que até que gostei de Negima!, não li tudo, apesar de saber o final, mas é aquilo, muito fanservice com um pouco de shonen, mas eu ainda prefiro Love Hina. Não é ruim, é peculiar, mas é meio complicado de se ler. Mas numa coisa o Akamatsu tem mérito: ele inova muito na diagramação das páginas. Testa muita coisa diferente e fica muito interessante.


Até mais, Zetsubou Sensei! Termina a saga do professor mais pessimista da história dos mangás, com 30 volumes e mais um porrada de episódios de animes divididos em várias temporadas, feitos pelos sádicos do Shaft. Zetsubou é uma grande sátira que arranca muitas risadas, tem sacadas muito geniais e faz referência há muitas coisas. Tem bastante fanbase, eu diria, principalmente graças aos seus animes. (Devem ter umas duas temporadas que chamam "Zetsubou Sensei de novo"...) Simples e complexo, leitura obrigatória para o pessoal que se acha hipster.



Oh! Great! define muito bem o mangá. Uma arte muito bonita com um design cool e com um enredo "jovem", perfeito pros mesmo, além da grande quantidade de fanservice, já de praxe nos mangás do Oh! Great e da Shonen Magazine. A história segue o pequeno Ikki Baby Face que entra no mundo dos Air Treks, espécies de patins que podem voar, e suas gangues, que disputam pra ver quem vai ser o próximo Sky King.

Eu só posso dizer que mesmo a história de Air Gear sendo mal feita e tudo mais, sou um grande fã! Curto muito a arte, e as corridas de patins voadores são muito legais! É uma história bem legal fechadinha em 37 volumes, número que eu adoro. Não é pra todo mundo, mas é uma boa pedida pra um shonen divertido e gostoso de ler.



No ano em que ganha anime, o mangá termina! Vou ser sincero, nunca li o mangá, mas gosto muito do anime, principalmente a segunda temporada, e recomendo essa porra pra todo mundo, afinal, são só 11 volumes! Jonah, um garoto orfã que viu sua família morrer graças a guerra e vive odiando armas, mesmo sabendo manuseá-las, vira um guarda-costas de uma traficante de armas peculiar, Koko Hekmatyar e acaba se apegando bastante a ela.

Armas, bombas, trama policial, personagens carismáticos. Keitaro Takahashi conseguiu construir isso bem em seu mangá, publicado na meio desconhecida Sunday Gene X, casa de mangás como Black Lagoon e Kamisama Dolls.


Nuramago. Youkais. Terminando com lindos 25 volumes, temos Nuramago, o mangá odiado por todos os leitores da Jump no Japão, mas que conseguiu se aguentar na revista graças as vendas de seus volumes e até ganhou um anime com duas temporadas de 26 episódios. Nura é aquilo, eu amo. Conta a história do menino Rikuo, que é o próximo sucessor do grande clã de youkais chamado Nura. Simples né? Mas o moleque não quer assumir o clã e o conflito do mangá é basicamente nisso no começo do mangá.

O mangá começa bem fraco, tendo o traço e o feeling seus principais atrativos. Mas evolui. Tem um dos melhores crescimentos de personagem já feito na Shonen Jump, a partir da segunda metade, o mangá chega a outro nível, não importa mais as batalhas nem nada, você só quer ver o Rikuo crescer mais e mais. Realmente gosto muito, pena ser meio impopular e acabar meio cedo. Não era um mangá pra Shonen Jump, afinal. Sofisticado demais.



Bom, esse não é nem tão importante assim já que foi um fracasso mítico e acabou cancelado com só 2 volumes. Ou será que não? A história do príncipe do espaço Astro que quer colocar ordem no seu planeta invadido por alienígenas não emplacou, mas mesmo tendo sido cancelado, foi importante. Por quê? Porque ele foi simplesmente o primeiro mangá "pequeno", ou melhor dizendo, que estava começando, a ser publicado simultaneamente nos EUA, com o título Barrage. Pode parecer uma conquista pequena, mas é uma conquista.

Eu particularmente gostei do mangá, apesar de ele demorar muito pra engrenar e ser meio fraco. Gosto muito do autor, Kohei Horikoshi, que já fez outra cancelado outra vez na jump com o genial Oumagadoki Doubutsuen, uma lástima. Mas fica a dica: vai pra Magazine! Lá com certeza tem um lugar melhor pra você, Horikoshi, onde você pode fazer mangás bons sem as restrições babacas da Jump.
Mais uma coisa: ele é importante também por causa disso. Sem mais.

Continua aqui.