RUN, SENA, RUN! - Eyeshield 21 #JumpWeekend

YA-HA!!
Seja bem-vindo ao post de homenagem a Weekly Shonen Jump do Sakazuki, revista essa que está fazendo aniversário no dia de hoje, e graças a isso, estamos tendo uma blogagem coletiva sobre vários mangás do almanaque mais famoso de quadrinhos japoneses, os links para as postagens dos demais participantes estão no fim da página!


Eyeshield 21 é um mangá de Futebol Americano escrito por Riichiro Inagaki e desenhado por Yusuke Murata, um dos mangakás com um dos melhores traços 'clean' da atualidade e muito renomado, de 37 volumes que terminou no ano de 2009. Indo direto para a história: Sena Kobayakawa é um colegial calouro perdedor que "aprendeu" a correr para não morrer molestado por vários delinquentes em toda sua vida e se torna o alvo do visionário e perverso Hiruma e do clube de Futebol Americano da escola Deimon, que o transforma no Eyeshield 21, o Running Back da Velocidade da Luz que vai conquistar o mundo.

E isso é basicamente Eyeshield 21, obrigado por lerem o post e até a próxima!


Brincadeiras a parte, o mangá não estaria aqui no Sakazuki ou teria 37 volumes se realmente não fosse bom! Pela sinopse que eu dei logo acima, parece só mais uma história clichê, e é, no começo. Os primeiros volumes da história são meio mornos, pois são de apresentação dos personagens e do cenário, mas valem muito a pena, já que o mangá tem realmente grandes personagens, como o Hiruma, do quadrinho acima, responsável por criar o épico e famoso grito de guerra "YA-HA!"; resumindo: a maioria tem personalidade, menos o protagonista, que é só um perdedor à lá Tsuna (Ia comparar com o Shinji Ikari, mas ele não é tão chato e não merece isso), no começo, é claro.

Isso porque, quando "a porra fica séria", o mangá cresce muito não só no estilo de narrativa, que passa a ser mais objetiva, como no traço e no desenvolvimento dos personagens. Até certo momento, Sena só jogava por ser forçado pelo Hiruma, e jogava escondendo sua verdadeira identidade, era apenas um símbolo. O mangá cresce justamente quando o maior campeonato da história dele começa, saindo do simples clichê e mostrando que veio pra fazer história nas páginas da revista Weekly Shonen Jump, e fez.
Mesmo tendo sido cancelado depois de 9 anos de serialização, graças a Síndrome de Dragon Ball, o mangá foi sucesso de crítica e público, vendendo mais de 26 milhões de cópias no Japão e também vendendo horrores no ocidente, principalmente nos EUA, que é o país do Futebol Americano. Ele ganhou um anime de mais 100 episódios pelo Studio Gallop, que também fez muito sucesso.

Porém, sem dúvida alguma, o mais importante foi o impacto que ele causou no Futebol Americano Japonês, que até então não era muito conhecido. Sim, assim como Slam Dunk popularizou o basquete e fez ele se tornar um dos esportes mais praticados do Japão, Eyeshield 21 popularizou e marcou o Futebol Americano por lá, sendo um dos mais importantes mangás de esportes, diria que só atrás do próprio Slam Dunk, Touch, Dokaben e Ashita no Joe.
 
Voltando a narrativa, ela fica cada vez melhor, como tudo no mangá. E, sem dúvida alguma, o principal são os jogos, onde vemos a personalidades dos personagens ganharem força, aliás, uma coisa muito importante é que, mesmo num jogo de futebol, com várias pessoas disputando a bola, em momento algum você se perde na narrativa, e isso é crédito do grande Yusuke Murata. Em mangás shonens semanais, é quase normal os mangakás não conseguirem expressar muito bem as cenas de ação e elas ficarem muito confusas, coisa que acontece toda hora com o sr. Kishimoto em Naruto, e aqui, em Eyeshield 21, que poderia ter muito mais disso do que um Naruto da vida, não existe, você realmente consegue acompanhar todos os quadros freneticamente de um jogo, o que faz a leitura ser bem rápida e gostosa, lembrando bastante a leitura dos jogos de Slam Dunk. Outra coisa bem interessante é que o mangá sempre faz paralelos, metáforas, de jogadas e times com fenômenos naturais ou monstros e animais, coisa vista também em Toriko e seus talheres voadores, um grande ponto para Riichiro Inagaki, que preferiu não adicionar nada muito sobrenatural no mangá e sim abusar da imaginação, não adicionar "purpurina", como sempre digo, e graças a deus, não estragou o mangá como The Prince Of Tennis e suas bolas pirocantes em chamas.

[Cuidado, se você não leu o mangá ainda, daqui para frente pode haver spoilers]

Mas, apesar de ser tão bom assim, o mangá também tem seus altos e baixos, na verdade, um baixo e o que cancelou o mangá, e para falar disso, preciso dizer um pouco sobre a história dos últimos volumes.
Logo após o término do grande campeonato do mangá e o Sena ser reconhecido como o verdadeiro Eyeshield 21, os autores e a revista decidiram não terminar o mangá consolidando-o como um clássico, decidem continuar a maldita história, ou seja, a famosa Síndrome de Dragon Ball. Então, vamos para o último arco da mangá: a Copa do Mundo de Futebol Americano! Algo que era pra ser epicamente gigante e ótimo se não fosse tão mal construído durou míseros 3 volumes e além de ser ridículo, terminou porcamente o mangá. Preciso dizer que odeio esse arco? Até fiquei interessado em ver uma World Cup, mas esse meu interesse se foi totalmente quando vi que os próprios jogadores escolheriam os convocados pra seleção. Resumindo: Sena, Hiruma e turminha do barulho disputando a Copa do Mundo contra gringos do mal que odeiam japas e tudo mais. Simplesmente ridículo e ignorável.

[Fim dos Spoilers]


Apesar de ter dito logo acima que o último arco do mangá é ridículo, e essa foi a causa do cancelamento do mesmo, ele não mancha em nada a grande obra que é Eyeshield 21. Mesmo tendo terminado 'recentemente', é um dos grandes clássicos de esporte da Jump e sem dúvida alguma vale a pena ser lido. Para mim, é o 3º melhor da revista, atrás apenas de Rokudenashi BLUES e Ring ni Kakeru Slam Dunk.

Esse é Eyeshield 21 e essa é minha rápida homenagem para a Jump.

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